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quinta-feira, 18 de março de 2010

REFLEXÕES APOLOGÉTICAS E REFORMADAS.

PELO AVESSO (MÚSICA DOS TITÃS)


Prof. João Ricardo Ferreira de França

Recentemente recebi uma mensagem que dizia que a música dos Titãs - Pelo Avesso. Era por de mais diabólica e que tinha uma dose de influência maligna (do ponto de vista espiritual) sobre a sociedade, posto aqui a minha resposta a esta mensagem:

Bem, a música não é uma invocação ao demônio, mas sim o reflexo do nosso tempo. Um homem que está abaixo da linha do desespero (favor ler o livro o Deus que intervém do Francis A.Shaefer- editora Cultura Cristã), ou seja, o homem pós-moderno vive em total desespero e sem perspectiva em ralação ao futuro, nega-se a existência de padrões, e isso, é bem retratado na música em questão.

É mais um grito de socorro e a igreja continua calada sem saber como socorrer essas pessoas. Tenta apresentar um evangelho muito simplista - e não o Evangelho de Jesus Cristo que confronta a morte da razão desse homem (Leia o livro a Morte da Razão da Francis A.Shaefer- editora cultura cristã) e que não revela que a crise está na negação de absolutos e universais que geram coesão e significado a existência humana (Leia o livro O Deus que se Revela do Francis A. Shaefer - editora cultura cristã).

É necessário os crentes compreenderem que esta música nega a necessidade da verdade absoluta (Leia o livro A Verdade Absoluta da Nancy Pearcy - Publicado pela CPAD) - por isso, a música evoca um anarquismo (vamos deixar que entrem e invadam o seu lar) a primeira estrofe fala do anarquismo do ponto de vista político e social; o refrão fala da falta de perspectiva e certeza quanto ao futuro (quero o mesmo inferno, a mesma cela de prisão - a falta de futuro) este é o grito do jovem de nossos dias, na segunda estrofe ele repete o conceito anárquico do ponto de vista social e político, mas adita o conceito da falta do direito a sociedade privada quando não se têm absolutos que regem e vida (Vamos deixar que entrem Que invadam o meu quintal Que sujem a casa E rasguem as roupas no varal Vamos pedir que quebrem Sua sala de jantar Que quebrem os móveis E queimem tudo o que restar) então ele volta a falar no refrão como uma tônica de desespero - alguém que pede ajuda.

Na terceira estrofe vem o conceito do relativismo (não existe verdade e nem certeza) ou seja, o problema começa pela epistemologia (o que conhecemos e como conhecemos) ele diz: "vamos deixar que entrem Como uma interrogação" - ou seja, qual interrogação? A verdade existe? Você está certo disso? Essa é pergunta que se levanta na nossa época pós-moderna.

Ele acrescenta um fato interessante ao dizer como as crianças são tratadas neste novo mundo (Até os inocentes aqui já não tem perdão) eles não respeitam mais a vida, o aborto é visto como natural, e são punidas com a morte sem perdão, porque aceitaram a ideia de que padrão absoluto que rege a vida não existe; então não vêem satisfação. E na última estrofe encontramos pontos do relativismo moral (vamos deixar que entrem e sentem sem pedir licença) isso implica em moralidade. O se comportar dignamente não faz mais parte do cotidiano das pessoas de nosso tempo. E, então o autor da música termina com o mesmo grito de desespero: em suma esse grito diz - sem futuro e sem perspectiva tudo é um inferno!

A esperança que o mundo precisa encontra-se no verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo que é a Verdade Absoluta, onde ensina que nós crentes somos por natureza uma antítese fundamental - somos diferentes do mundo, mas não alienados dele; por isso, digo que a música reflete bem o que a nossa época pensa, e não, necessariamente uma influência demoníaca como se pensa. Espero que tenha lhe ajudado, e se possível repasse este meu e-mail aos demais amigos, e ainda estou aberto a qualquer diálogo teológico sobre o assunto da epistemologia cristã e da sua pressuposição básica - A Verdade Existe, ela está revelada no Evangelho de Deus, porque Deus é a nossa Verdade Absoluta! Um abraço!

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