rss
email
twitter
facebook

terça-feira, 1 de junho de 2010

Como é na prática o culto presbiteriano?


Encontrei uma descrição de um culto, em minha opinião bem de acordo com nossa tradição confessional, não tão litúrgico como muitos desejariam e também não tão espontâneo como está na moda.
Está ai o "depoimento", de como é, ou pelo menos, de como deveria ser o culto em uma Igreja Presbiteriana.

A Igreja: Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil em Belo Horizonte

Denominação: Igreja Presbiteriana do Brasil, IPB.

O prédio: Um lindo santuário em design anos 50, com símbolos cristãos e clarabóia de vitral acima do Presbitério. Não muito grande, mas aconchegante. As janelas são finas e poucas, mas não há calor: o pé-direito é alto, e há ar-condicionado (certamente mais por causa da segunda razão que da primeira). Há um edifício para as demais atividades da igreja ao lado, e sob o santuário também.

A comunidade: Ah, o pessoal da PIP é nata da sociedade. Sério. Mas não quer dizer que sejam arrogantes, muito pelo contrário. São pessoas simpáticas, e parecem muito bem integradas.

A vizinhança: A Igreja é muitíssimo bem localizada. Fica na região central de BH sem ser, contudo, no centrão. Fica no Funcionários, bairro de classe alta, no cruzamento de duas importantes avenidas: Afonso Pena e Getúlio Vargas. Há metrô, ônibus e acesso por carro também para quem queira. A região é segura, de temperatura amena e vista agradável. Há o problema dos carros passando pela Afonso Pena, mas não chega a atrapalhar o culto.

Elenco: Revdo. Ludgero Morais, direção e pregação; os outros pastores da igreja o acompanhavam. Profª. Maria Guilhermina ao Órgão (Viscount Prestige 80, um privilégio), e Profª. Helena Freire ao Piano.

Data e Horário: Domingo, 19/09/2009, 10:20.



Qual o nome do culto? Culto Dominical Matutino

Quão cheio estava o salão de cultos? Cheguei em torno das 10h, estava com menos de 30%, mas lotou rápido. Antes do culto os bancos já estavam todos cheios, e depois do culto os retardatários ocuparam a galeria e as cadeiras que se põe ao lado dos bancos. Todos os cultos lá são bem cheios.

Alguém lhe deu boas-vindas? Diáconos à porta; presbíteros a caminho para o banco. Dna. Regina Helena, esposa do pastor, depois que eu já tinha me sentado.

Seu assento era confortável? Banco de madeira, sem estofamento, mas de boa construção. Não é o máximo do conforto, mas não dói o corpo durante o culto.

Como você descreveria o ambiente antes do culto? As pessoas chegam, cumprimentam quem está à volta, e oram até o culto começar. Alguns continuam conversando, mas baixo, e respeitosamente.

Quais foram, exatamente, as palavras de abertura do culto? "Bom dia, meus irmãos; vamos proceder a leitura Bíblica, conforme impressa em nosso boletim".

Que livros foram usados pela congregação durante o culto? Cada um com sua Bíblia, alguns com seus hinários, mas a igreja dispõe Hinários Novo Cântico nos compartimentos dos bancos, e são os da edição de partituras!

Que instrumentos musicais foram tocados? Piano e Órgão. Os hinos são "puxados" pelo Rev. Ludgero, com seu possante baixo.

Algo o distraiu? Um pouco difícil. O silêncio é absoluto na congregação. Um mosquito seria ouvido. Os comentários do meu amigo que foi comigo, com certeza.

O estilo do culto, qual era? Saltitante, engessado ou o quê? A maioria dos crentes de BH, da onda lagoinha, detesta o culto da 1a. Ele não é nem um pouco emotivo. Na verdade, deve-se ressaltar que quando o fenômeno lagoinha explodiu, a PIP foi a igreja que tomou a frente contrária. Alguns diriam Engessado, eu prefiro santo, reverente.

Qual a duração exata do sermão? Pouco mais de 20 minutos.

Numa escala de 1 a 10, quão bom era o sermão? E o pregador? 10 para o sermão, 10 para o pregador. Mensagem teologicamente relevante, bíblica, racional, inteligível. Nada de "diga ao irmão ao seu lado". E o Rev. Ludgero é um tribuno de retórica envolvente, consegue transmitir a emoção da mensagem (o que poderia ser tido como o único momento emotivo do culto) na sua sermônica.

Em suma, sobre o que foi o sermão? Em referência direta à morte do Rev. Geraldo Braz dos Santos, pastor emérito da PIP na sexta-feira anterior, foi uma reflexão sobre como este nosso tabernáculo terrestre se desfaz, sendo substituído pelo celestial. E, principalmente, sobre a vida cristã, que independe das circunstâncias imediatas de nossa vida (a exemplo do Rev. Geraldo, que sofreu mais de 10 anos com o câncer, sem, contudo, deixar sua fé, sua certeza, sua esperança).

Que parte do culto foi como estar no céu? Todo ele.

E qual parte foi como estar... hã... no outro lugar? Não houve tal parte.

O que aconteceu depois do culto? Fui à casa de meu amigo, que é vizinho da igreja, almoçar feijoada.

Como você descreveria o cafezinho após o culto? Não é um costume por lá.

Como você se sentiria em congregar nesta igreja? (numa escala sendo 10 = extasiado e 0 = terminal) 10! É uma excelente igreja!

O Culto o fez feliz por ser um cristão? Totalmente.

O que você vai guardar na memória deste culto? O som do órgão; a mensagem do Rev. Ludgero; o abraço terrivelmente apertado que ele dá a todos à porta (doeu minhas costas... rsrsrs).


Site da referida Igreja: http://www.primeiraipbh.org.br/

Fonte: http://participantesecreto.blogspot.com/

Um comentário:

Anônimo disse...

Aquele evento onde não se pode bater palmas, onde ainda se canta Se da Vida as Vagas Procelosas São-porque idolatram o passado e morrem de medo de cantar algo fora da tradição, onde os filhos se reúnem para encontrar os pais, os avós e os bisavós-já que evangelismo não existe nessa associação?