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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Consciência Missionária do Profeta Isaías*


Texto: Isaías 6.1-13

Introdução

Há algum tempo atrás, li uma revista onde um missionário escrevia um artigo sobre sua vocação, ele disse que a Igreja só lembrava de que tinha um missionário porque no mês de abril fazia-se campanha missionária. É triste, mas só reservamos um breve período para tratarmos do assunto, e me parece que a igreja não é mais missionária no seu entendimento, e que por vezes sente a necessidade de fazer de missões um apêndice ao seu programa litúrgico, é vergonhoso para nós isso, pois fomos chamados para sermos um povo missionário e não somos! Isaías aqui neste texto nos chama a uma vocação missionária.

Elucidação

Queridos o livro que temos diante de nós possui uma característica curiosa: ele tem sido visto como se fosse um resumo de toda a Bíblia. Pois o seu tema é “A salvação é de Yahweh”.
Isaías registra alguns fatos a respeito de si mesmo. Ele é filho de Amoz (1.1), que conforme a tradição histórica seria o irmão do rei Amazias (2 Reis 14.1,2); se tal tradição possui peso, então, explica o porque o profeta Isaías tinha livre acesso as cortes dos reis de Judá tais como Acaz(Is.7.3) e Ezequias (37.21;39.3). Este profeta era casado, sua esposa era uma profetisa (8.1); ele tinha dois filhos (7.3; 8.3); esses nomes dados aos seus filhos eram simbólicos e proféticos. No capítulo 8.3 – Rápido – Despojo-Presa-Segura – o este nome do filho do profeta é uma promessa de que viria o julgamento sobre o povo que se recusava a abandonar os seus pecados; no capítulo 7.3 – Um – Resto-Volverá - fala da esperança de que um remanescente regressará. Isaías profetizou por cerca de 740-680 a.C, ele proclamou a Palavra de Deus por aproximadamente sessenta anos . Ele profetizou durante o período do reino dividido; ele foi direcionado especificamente para profetizar para o Judá urbano, sua vocação conforme é relatada no capítulo 6 nos indica exatamente essa perspectiva.
O propósito de sua profecia é ensinar que a salvação é manifestada pela Graça de Deus. Isto se incorpora no próprio nome deste profeta que significa que a “salvação é de Yahweh. Pois, a situação política de Judá onde nações inimigas estavam se; levantando, e os reis de Judá buscavam alianças com outras nações para salvarem-se, todavia, a profecia de Isaías vem com o propósito de mostrar aos seus ouvintes que apenas em Deus se poderá encontrar real livramento.
A profecia de Isaías pode ser esboçada da seguinte forma:
1- Oráculo de Julgamento que compreende do capítulo 1 até o 39.
2- Oráculo de Salvação que compreende do capítulo 40 até o 66.
O nosso texto estrutura estes dois pontos principais da profecia – juízo e redenção – todavia, o texto está inserido dentro do oráculo de julgamento. E de posse dessas informações gostaria de nesta noite de abordar um assunto deveras desafiador para cada um de nós, e penso em fazer isso considerando a experiência de um Santo do Antigo Testamento, estou falando do profeta Isaías. Todos concordarão comigo de que esta foi de fato uma experiência dramática; pois, vemos um homem que de fato viu o Deus do pacto entronizado em sua sublime majestade!

Desejo abordar nesta noite o seguinte tema: “A consciência Missionária do Profeta Isaías”. Faço isso porque compreendo que missões não é um fenômeno do Novo Testamento, não é algo do livro de Atos dos Apóstolos e nem muito menos é um fenômeno da Igreja atual, mas missões é algo que esteve sempre na vida da igreja – missões é o coração de Deus posto em evidência! Quando olho para o texto que temos diante de nós pergunto – me “O que levou o profeta Isaías a ter uma consciência missionária? O que o levou a gritar: “Eis-me aqui envia-me a mim...”? Considere comigo algumas postulações:

I – Em primeiro lugar, a compreensão de que um Deus Santo reina sobre o universo levou ao profeta a Ter uma consciência missionária. (vs.1-4).

A experiência dramática de Isaías começou quando ele entrou no templo do SENHOR, o profeta diz: “...eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo”.(vs.1) .
Antes do profeta ter dito: “Eis-me aqui envia-me a mim...” ele havia contemplado a Addonay (yn"±doa]-ta,), o Deus exaltado em glória e força; o profeta Isaías havia contemplado o verdadeiro Rei do Universo, ele estava consciente de que Deus reina neste mundo; ele não apenas contemplou a Deus em seu trono – ele viu um Deus Soberano reinando – mas, também viu a majestade de Deus e a sua santidade, observe o que ele nos diz nos versículos 2 a 3: “Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobria os pés e com duas voavam. E clamavam uns para os outros dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia de sua glória”. A expressão “SENHOR dos Exécitos” no hebraico está relacionando o fato de que uma vez que o povo não estava abandondo os seus pecados, Deus que governa o mundo e que é Santo moveria, um exército inimigo para punir Judá por seus pecados. É basicamente isso o que significa a expressão “tAa+b'c. hw"åhy>”
Deve Ter sido uma visão maravilhosa, tremenda e assustadora. O ponto que quero considerar é que não pode haver missionários eficazes enquanto não houverem contemplado a Deus nestes termos descritos por Isaías; ou seja, se você conhece um missionário que não conseguiu perceber que Deus é grande e que Ele reina sobre o mundo e muito menos concebe a idéia de que Deus é tremendamente santo; então, digo-lhe que tal missionário não compreende a natureza de missões e nem sua mensagem! Pois, missões está centralizada em Deus e a mensagem missionária é a proclamação de um Deus que reina e que é três vezes santo.
Quando um homem se levanta para pregar o evangelho de Deus, mas não crer que Deus é soberano, e pensa consigo mesmo que Deus não reina, então, tal homem não serve para ser chamado ministro do evangelho. O profeta Isaías compreendeu exatamente isso! E, por isso, ele disse: “Eis-me aqui envia-me a mim”.
Proclamar o evangelho é compreender e anunciar a Soberania de Deus e a sua majestade santa.

II – Em segundo lugar, a compreensão de que o homem é totalmente depravado levou ao profeta a Ter uma consciência missionária.( v.5).

Aqui é outra verdade que nós precisamos nos concentrar o profeta disse: “Eis-me aqui envia-me a mim”, ele só pode dizer isto depois de ter vivido a experiência assustadora que teve ao contemplar a Deus no templo. E como ele viveu isso em sua natureza? Observe o que o profeta nos diz no versículo 5: “Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos exércitos!”. O profeta ao escrever sua visão prossegue com “w” consecutivo indicando que a sua visão não terminara com a Majestade e santidade de Deus; depois da visão da santidade de Deus ele olhou para si mesmo e reconheceu que a sua natureza era depravada, corrompida, incapaz de fazer o bem. Viu-se um pecador diante de Deus. O profeta era alguém que cresceu no meio dos sacerdotes de Israel, por isso, tinha acesso ao Templo, era um membro do povo do pacto; sempre esteve no templo – adorando ao Senhor, mas naquele dia viu a negridão do seu coração, e percebeu o quanto precisava de mudança em seu ser. Ele sendo um homem da aliança, um profeta, disse: “Eu sou desenfreadamente corrupto, sou um pecador”. O profeta quando disse: “Eis-me aqui envia-me a mim”, teve em mente essa profunda experiência, é como se ele estivesse refletido da seguinte forma: “se eu sendo um profeta do Senhor, que tenho a lei e tento obedecê-la me senti perdido diante de Yahweh, que dizer daqueles que estão deliberadamente distante de Deus?”.
Aqui está um princípio fundamental na vida daqueles que irão proclamar o evangelho de Deus, pois, como poderão falar aos pecadores se os mesmos ainda não se viram, não se contemplaram como pecadores? O profeta teve como anunciar a mensagem de Deus aos pecadores porque ele sabia o que é ser pecador.
A confissão somos pecadores não faz mais parte do vocabulário de muitos missionários, eles preferem dizer: “Vocês são pecadores!”. Mas o profeta disse: “habito no meio de um povo pecador”( ameäj.-~[; ‘%Atb.W ykinOëa') – ‘anoki uvtok ‘am teme’ – ao usar o pronome pessoal (ykinOëa) o profeta quer nos oferecer uma ênfase singular, ele não busca se desculpar, ele não se esquiva, mas se inclui na lista dos pecadores; ele não apenas convivia, mas ele habitava no meio de (‘%Atb.W) um povo (-~[;) cheio de impureza (ameäj) ele declarou que era alguém que estava perdido (ytiymeªd>nI-yki( yliä-yAa)) o verbo hebraico usado aqui para “estar perdido” é o verbo “rm*:D*:” que está sendo usado no nifal aqui, indicando a passividade sofrida pelo profeta, todavia, o significado do verbo é cortar – ou seja, o profeta diz “estou sendo cortado” também ele disse que era um profundo pecador; por quê? A resposta é porque ele era um homem de “impuros lábios”.
“‘~yIt;’p'f.-ame(j. vyaiÛ yKiä” – ki ‘ish teme’-sepataim - O profeta declarou isso depois de haver contemplado ao SENHOR, Os lábios expressam o que o coração está cheio isso foi o que Jesus disse certa vez; então, o profeta não estava apenas dizendo que falava algumas palavras imundas, mas que todo o seu ser é pecaminoso. Ele disse “Ai de mim!” Ele não disse “Ai de minhas palavras!”. Precisamos compreender que todos nascemos pecadores totalmente depravados. Como posso curar as pessoas de um “veneno mortal” como pecado se eu não conheço os sintomas, pois, nunca fui envenenado por ele? Este tem sido o mal de muitos missionários; eles não acreditam que os homens sejam totalmente depravados, eles não aceitam que os homens estejam “mortos em seus delitos e pecados”(Ef.2.1); eles não aceitam a idéia de que os homens já nasceram “em pecado e concebidos na iniquidade”(Salmos 51.5), não ensinam que os homens já nascem desencaminhando e proferindo mentiras”(Salmos 58.3); eles não ensinam que os homens odeiam a Deus e que são “aborrecidos de Deus”(Romanos 1.30). Isto tudo porque não conseguiram contemplar as suas vidas à luz da santidade de Deus, e jamais, irão desafiar aos seus ouvintes a fazerem isso; pois, não acreditam na depravação total do gênero humano, é por isso, que o mundo missionário tem sofrido, não somente porque há poucos ceifeiros, mas porque os que têm recusam-se a ensinar com fidelidade a Palavra de Deus.

III –Em terceiro lugar, a concepção de que Deus Perdoa pecadores e os salva de seus pecados levou o profeta a Ter uma consciência missionária. (vs. 6-7).

. Antes do profeta Isaías dizer: “Eis-me aqui envia-me a mim”, ele teve uma experiência graciosa de perdão. Considere os versículos 6 e 7 o profeta Isaías diz: “Então, um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva , que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu pecado”.
A experiência do profeta foi sublime, ele compreendeu que base primordial do perdão está na graça de Deus! Note que o profeta não foi até o altar para purificar-se, não há esforço humano para tal manifestação do perdão de Deus! O livre-arbítrio não faz parte deste contexto redentor. Aqui o profeta aprendeu que por mais que ele fosse um miserável pecador, Deus em sua graça soberana – livre e imutavelmente – estava disposto a perdoá-lo. Aqui está um dos mais fortes incentivos para a proclamação do evangelho, a certeza de que Deus salva pecadores, que Deus perdoa pecadores! Este é um incentivo à obra missionária, essa experiência foi crucial na vida do profeta a ponto de ele chegar a dizer: “Eis-me aqui envia-me a mim”.
O que significa o tocar da brasa na boca do profeta? Significa que ele agora tornara-se qualificado para proclamar o evangelho, ele foi purificado; o texto nos mostra a magnitude do perdão e da graça em um paralelismo sinonímico no versículo 7: “...a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” Note como o texto está construído:
“...tua iniqüidade” .... “teu pecado”; “...foi tirada” ...”foi perdoado”; no texto hebraico temos: “. A voz do Serafim que é uma interjeição “hNE±hi” – hineh – “Olhe! Veja só! Isto tocou os teus lábios” e a “tua iniquidade foi tirada” (^n<ëwO[] rs"åw>) – wesar ‘aneka – “e o teu pecado” (^ßt.aJ'x;w>) – wehata’theka- “foi perdoado”(rP")kuT.) – thekupar ; no final deste versículo temos “teu pecado foi perdoado” o verbo perdoar no hebraico está no pual, e significa que o profeta foi “plenamente perdoado”. A certeza de que Deus de fato perdoa pecadores deve nos motivar a proclamar o evangelho de Deus ao mundo.

IV – A Compreensão de que a obra precisa de ceifeiros levou ao profeta a ter esta consciência missionária.(v.8)

Irmãos temos aqui um homem compromissado com Deus. Compromissado com o Reino de Deus, apenas os regenerados são de fato compromissados com a obra de Deus.
Observe como o profeta inicia este versículo: “depois disto” ele começa com um waw consecutivo (w) aqui sendo usado para expressar continuidade; ou seja, depois de de toda aquela experiência dramática ele “ouviu” a voz do Deus do pacto de forma intensa: “‘yn"doa] lAqÜ-ta, [m;úv.a,w"” – waêshma’ êth-kol Adonay -; estava Isaías e Deus naquele momento; Addonay estava olhando para o profeta e perguntando:
“Wnl'_-%l,yE) ymiäW xl;Þv.a, ymiî-ta,” – eth-mi ‘eshlah umi yaleke – lanu – “a quem enviarei? E que há de ir por nós”? Isaías sabia que não era uma simples questão. Era Deus quem estava perguntando! Isto significa que ser uma voz profética exige um compromisso singular com Deus. É Deus quem envia, é Deus quem vocaciona. Nós não devemos nos introduzir em um ministério que Deus não nos chamou para fazê-lo, sempre deve ser levado em consideração que a voz profética é escolhida por Deus.
Qual foi a resposta de Isaías? O profeta prontamente respondeu: “`ynIxE)l'v. ynIïn>hi” – hinni shelahêni – “eu disse estou aqui evia-me a mim” ele sabia que a obra precisava de cefeiros, e se dispôs para fazer a vontade Deus, abriu mão do seu conforto, seguiu o chamado de Deus para a sua vida.

V – A Certeza de que o sucesso da mensagem não dependia do profeta o motivou a ter essa consciência missionária (vs.9-13).

A grande verdade aprendida neste texto é a verdade de que os profetas não produziam suas mensagens; Deus dava a mensagem ao profeta. O conteúdo da profecia era plenamente divino.
Aqui o profeta é designado a proclamar uma mensagem que iria endurecer o coração do povo. Uma mensagem que muitos hoje não gostariam de proclamar. Isaías há de pregar uma mensagem que irá tornar os ouvidos do seu público insensível; onde não possa haver possibilidade de conversão!
No versículo dez temos o profeta sendo instruído a endurecer o coração do povo; o verbo “endurecer” (‘!mev.h;) – hashmen – está no “hifil” é um ativo causativo, ou seja, a mensagem que o profeta deveria proclamar tinha especificamente a função de causar endurecimento no centro das afeições do povo “o coração” (ble) - lêb – indicando que Deus, por meio, da mensagem iria afetar profundamente o ser do povo rebelde.
Não era apenas o coração que deveria ficar endurecido, mas os ouvidos deles tembém. O que nos chama a atenção é que o verbo “endurecer”, no que se refere aos ouvidos, no texto hebraico é “dBeÞk.h;” – hakbbêd – que pode ser traduzido por “faz com que estes fiquem pesados” também está no hifil, e no modo imperativo, não era um pedido de Deus, mas era uma ordem. Deus determina o resultado da mensagem e o propósito da mensa!.
Os olhos daqueles perpetradores da aliança deveriam ser fechados “[v;_h'” – hasha’- o hifil aqui nos inclina a contemplarmos a dura tarefa de um proclamador de evangelho não ter sucesso em sua proclamação. Isaías foi chamado para um ministério espinhoso. Não há a questão de sucesso aqui, mas de fidelidade ao imperativo de Deus.
O profeta não fica preocupado com a impopularidade que sua mensagem produzira; mas como um servo Isaías pergunta até que tempo deveria proclamar a Palavra? No versiculo onze temos a resposta divina: “Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada,” o quadro que Deus mostra ao profeta era terrível a pregação seria desprezada e o resultado seria a desolação completa e final. Ou seja, não havia perspectiva de sucesso para o profeta! Mas uma coisa era certa, o resultado estava sob o controle de Deus! Porque, conforme nos informa o versículo seguinte, é Deus quem irá causar o desterro de Judá. Não é outro, ou seja, não será a nação inimiga que provocaria isso simplesmente, mas o próprio Deus.
O versículo treze termina com uma nota de esperança, somos informados que há um remanescente que será preservado da desolação completa. É chamado de a “santa semente” – a promessa pactual manifesta nos eleitos que Deus preserva da destruição. Isaías usa aqui uma metáfora das árvores, ou parte dela, como uma referência a continuidade das promessas de Yahweh aos patriarcas. O profeta fala de árvores comuns na Palestina, o terebinto e o carvalho, que deixam somente o toco – a imagem que ele transcreve é de madereiros tirando os troncos e queimando o que sobra, e só ficava o toco da primeira grande árvore que fora cortada inicialmente – o termo hebraico “tb,C,äm;” – matsebeth – é usado para significar pilar, mas somente aqui tem a significação de toco.
Mesmo em meio a toda a devastação que viria sobre o povo; Deus reserva para si uma santa semente. Indicando que ele não havia esquecido as promessas que fizera a Abraão. Esta era a garantia que Deus estava dando ao profeta. Haverá uma redenção que Deus tem planejado mesmo em meio ao caos e a devastação, pois, ele é Deus quem há de cumprir e manter sua aliança de redenção com o seu povo. Cabe ao profeta pregar a Palavra somente.

Aplicação
Gostaria de aplicar algumas verdades que podem ser aprendidas neste texto.
1. Proclame a Palavra de Deus tendo como pano de fundo a Sua soberania e Santidade. Pois, somente ele Governa o mundo e o coração dos homens.
2. Reconheça que o motivo maior de nossa proclamação é a glória de Deus, por isso, devemos proclamar o evangelho aos pecadores que precisam ouvir a mensagem que pregamos.
3. Reconheça que a sua vocação deve ser alicerçada no Perdão que Deus lhe deu, e isso deve dar-lhe força para proclamar com mais ousadia a Palavra do Senhor do Pacto.
4. Seja humilde, pois apenas Deus determina o resultado que será produzido pela pregação. Não busque fama, nome ou mesmo números, pois, apenas Deus tem o direito de produzir corações regenerados que amam a sua lei .


Conclusão

Queridos devemos tomar consciência de nosso chamado missionário. Não importa onde estejamos, precisamos proclamar a mensagem do evangelho de Deus ao mundo pecador.
O profeta Isaías fez isso. Proclamou o evangelho ao mundo nos termos ditado por Deus, ele dedicou-se a isso somente; ele se dispôs a cumprir a ordem de Deus em proclamar o evangelho de redenção ao mundo. Não volte atrás, antes apresente-se diante de Deus e diga que está disposto a cumprir o teu ministério de profeta para a glória dEle somente.
Precisamos resgatar a voz profética em nossos dias, pregue com desassombro as verdades de Deus Anuncie o juízo de Deus sobre os pecadores, mas também fale da grande redenção que o próprio Deus destina para com os seus eleitos. A consciência missionária deve nascer no culto da Igreja, no ato da adoração e dever ser efetivada na proclamação do evangelho com temor e tremor.!
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*Por João Ricardo Ferreira de França - sermão pregado na Congregação Presbiteriana da Sagrada Herança Reformada em Prazeres – Jaboatão dos Guararapes.

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