1. Nicéia, 325
Assunto: A Natureza de Cristo dentro da Trindade.
Personagens: Ário, de Alexandria; Alexandre, de Alexandria; Eusébio de Nicomédia.
Resolução: O imperador Constantino, chamou os bispos para Nicéia. Mais de 300 bispos se fizeram presentes. O credo oferecido por Eusébio de Cesaréia foi rejeitado. Escreveu-se o credo de Nicéia, com as declarações “gerado, não feito... consubstancial com o Pai (homo-úsios)”. Foram rejeitadas frases arianas, tais como “havia tempo quando ele não era”, e “feito do que não era”. Foram exilados os poucos que não aceitaram a fórmula nicena. A unidade eclesiástica foi o grande objetivo do imperador.
2. Constantinopola, 381
Assunto: O modo em que a humanidade e a divindade se relacionam em Jesus Cristo. Conflito entre a escola de Alexandria (alegorista) e a de Antioquia (literalista).
Personagens e Ensinos: Apolinário, bispo de Laodicéia na Síria... disse que Jesus teve corpo e alma humanos, mas que não teve espírito (mente) humano... no lugar do espírito (mente) humano estava o “Logos”. Deste jeito, Apolinário procurava destacar a unidade de Jesus e não a dualidade, pois “não existem dois Filhos de Deus” . Do outro lado, Damário, bispo de Roma, e Gregório de Nazianzo (um dos grandes capadócios) argumentaram que Deus salva o homem na sua totalidade... corpo, alma e espírito (mente). Na sua encarnação, Cristo juntou-se ao espírito humano para salvá-lo. Sem tal união, o espírito do homem não seria salvo. Deste jeito, destaca-se mais a dualidade de Cristo... espírito humano e espírito divino.
Resolução: Houve vários sínodos que se pronunciaram contra o apolinarismo, e este foi condenado, por fim, neste 2º concílio ecumênico em Constantinopola . Este concílio também re-afirmou as decisões de Nicéia contra o arianismo.
3. Éfeso, 421
Assunto: O modo em que a humanidade e a divindade de Jesus Cristo se relacionam... qual foi a maneira de Jesus Cristo vir ao mundo, e qual foi a sua natureza na encarnação. O termo mais controvertido foi “theótokos”, termo aplicado a Maria e significando “mãe de Deus/genitora de Deus”.
Personagens e Ensinos: Nestor e Anastácio de Constantinopola, Diodoro de Tarso, Teodoro de Mopsuéstia... ensinaram a plenitude da natureza humana em Cristo (como sempre foi o ensino da escola de Antioquia). Nestor, afirmou a presença em Cristo de duas pessoas, e não somente de duas naturezas. A união que existe entre a pessoa humana e a pessoa divina é uma conjugação ou “união moral”,. Do outro ladi, Cirilo de Alexandria, com o apoio de Celestino I, bispo de Roma. Eles argumentaram que simples união moral entre Deus e um ser humano não pode nos salvar.
Cirilo, era ciumento e tinha ambição inescrupulosa, querendo abalar os patriarcados de Antioquia e Constantinopola.
Resolução: Concílio ecumênico, convocado pelo imperador. Concílio aconteceu em circunstâncias de confusão. Em junho, sessão liderada por Cirilo, e dominada pelos bispos do Egito, condenou e depôs a Nestor. Em julho, João de Antioquia com seus seguidores (todos chegados atrasados) condenaram e depuseram Cirilo e seus seguidores. Em agosto, os legados papais (também chegados atrasados) juntaram-se a Cirilo e seus bispos, e declararam deposto não somente Nestor mas também a João. Ao mesmo tempo condenaram o pegianismo. Mais tarde Cirilo e João fizeram um acordo, mas Nestor não foi convidado a participar e ficou exilado até a morte.
4. Calcedônia, 451
Assunto: A humanidade e a divindade de Cristo. A questão de uma natureza ou duas.
Personagens e ensinos: Da escola de Alexandria... Dióscoro, bispo de Alexandria. Êutico, abade em Constantinopola, mas partidário do falecido Cirilo de Alexandria; Crisápio, capelão do imperador em Constantinopola e político poderoso. Êutico, negou que Cristo existisse em duas naturezas depois da encarnação e que fosse “consubstancial conosco” (da mesma natureza que o homem) por causa da sua humanidade. Da escola de Antioquia... Flaviano, bispo de Constantinopola; Pulquéria, irmã do imperador, e Marciano, marido de Pulquéria... com o apoio de Leão, o Grande, bispo de Roma.
Resolução: Este concílio, foi convocado em substituição a um concílio realizado em Éfeso, em 449, que foi presidido por Dióscoro... Êutico foi reabilitado e Flaviano foi condenado. Dióscoro, recusou ler carta doutrinária de Leão (“O Tomo”). Flaviano, foi batido e pisado, e morreu poucos dias depois. Leão chamou o concílio de Éfeso de “conciliábulo de ladrões”. Depois da morte do imperador, Pulquéria e Marciano convorcaram este novo Concílio em Calcedônia, 451. Estiveram presentes 520 bispos. Condenaram a Êutico e a Dióscoro. O Tomo de Leão foi lido e aprovado com aclamação. A definição aceita foi a de existir: “duas naturezas em uma só pessoa”.
Um comentário:
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- Na Internet, Comunidade JAVÉ NISSI, Renovação Carismática Arquidiocesana, Arquidiocese de Pouso Alegre-MG;
(http://javenissi.org.br/artigos/ler/11/198).
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