PRIMEIRA PARTE
QUAL É A POSIÇÃO DA PCA COM RESPEITO A ESTAS TRÊS PROPOSIÇÕES?
São diferentes os ofícios de Presbíteros Docentes e Regentes? A resposta se mostra em um diagrama tomado da PCA em Position Digest Parte V, página 456.
O diagrama indica que ainda que exista uma classe de ofício chamado Presbítero, não obstante, os Presbíteros Docentes e Regentes NÃO são os mesmos oficiais.
A declaração oficial da PCA é como segue:
Recomendação Nº1:
Que a Assembléia Geral afirma que a Escritura ensina que em adição ao oficio fundamentos dos crentes, há também classes especiais e perpetuas de ofícios na Igreja, Presbítero e Diácono, e que há dentro da classe de Presbítero duas ordens, Docente e Regente . (Adotado, 7ª General Assembly, 1979 – Position Papers, Vol.5, p.457)
Nossos símbolos por conseguinte reconhece uma classe de Presbítero, dividido em duas ordens: Presbítero Regente e Presbítero Docente. Um Presbítero Regente não se converte em um Presbítero Docente meramente porque ele ensina em classe de escola dominical ou realiza uma pregação. Nem um Presbítero Docente chega a ser um Presbítero Regente porque ele exerce algumas funções administrativas. A diferença entre eles não é uma função particular em dado momento. Eles pertencem a ordens diferentes, segundo a posição mantida pela PCA. (A Defesa Escriturística será apresentada na Segunda Parte).
Reconhece a PCA o conceito de “paridade” no governado entre os dois ofícios? A resposta é sim. O Diagrama abaixo ilustra:
Este diagrama representa o conceito de paridade governamental. Note que os dois ofícios se sobrepõem. Juntos, governam a congregação, porém não se governa um ao outro – 1 Timóteo 5.17
Quem tem autoridade para pregar a Palavra de Deus nos púlpitos da PCA?
O Catecismo Maior estabelece:
PERGUNTA 158: Por quem deve ser pregada a Palavra de Deus?
RESPOSTA: A Palavra de Deus deve ser pregada somente pelos que foram suficientemente dotados e devidamente aprovados e chamados para tal ofício.
Aparece uma ligeira ambigüidade nesta declaração. Tradicionalmente, se tem entendido que o Catecismo Maior de Westminster delega aos Presbíteros Docentes ordenados, ainda que, o termo Pastor ou Ministro não se use aqui. Mas, depois disto tudo, que aconteceria se um Presbítero Regente pudesse pregar melhor que um Presbítero Docente qualquer? A Assembleia da PCA de 1979 responde:
Recomendação Nº 4:
A Assembleia Geral reafirma a posição Presbiteriana histórica conforme expressa no Catecismo Maior em sua pergunta 158, que ninguém deve pregar o Evangelho senão aqueles que são chamados e dotados por Deus; e que, por conseguinte, somente aqueles homens que são apropriadamente ordenados ou licenciados podem pregar nos púlpitos da PCA ; e que aos Presbíteros Regentes se lhes permite e anima a renovar a prática histórica de exortar ao povo de Deus. (Adotado, p.457-458).
Esta recomendação uni-se com a recomendação de Número 5 que trata da relação do Pastor com o Conselho. Disto nós vemos que a PCA considera o púlpito como o domínio habitual do Presbítero Docente, não obstante, o Presbítero Regente pode exercer qualquer dos dons ministeriais de exortação que possua em outros domínios e circunstâncias.
Na PCA, não se aceita a prática de programar dentro das agendas de pregação regulares da igreja, aqueles que não são ordenados como Presbíteros Docentes.
Quem tem autoridade para administrar os sacramentos?
Os Símbolos de Westminster afirmam:
A Confissão de Fé de Westminster:
Há só dois sacramentos ordenados por Cristo, nosso Senhor, no Evangelho - O Batismo e a Santa Ceia; nenhum destes sacramentos deve ser administrado senão pelos ministros da palavra legalmente ordenados. (Capítulo 27, Seção 4)
O Catecismo Maior:
169. Como ordenou Cristo que o pão e o vinho fossem dados e recebidos no sacramento da Ceia do Senhor?
RESPOSTA: “Cristo ordenou que os ministros da Palavra, na administração deste sacramento da Ceia do Senhor...”
176. Em que concordam os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor?
RESPOSTA: “... em ambos serem selos do mesmo pacto, em não deverem ser administrados senão pelos ministros do Evangelho...”
Considerando isto, está claro que a posição dos Símbolos de Westminster é que os ministros do Evangelho e somente estes, tem a autoridade para ministrar os sacramentos em nossas igrejas. A declaração da PCA é como segue:
Recomendação Nº 8:
A Assembleia Geral afirma que de acordo com os Símbolos Confessionais da Igreja, somente os Presbíteros Docentes ordenados legalmente podem administrar os Sacramentos (Adotado, 7ª General Assembly, 1979, Position Papers, Vol.5, p.461)
Como justificativa para esta recomendação, a comissão fez duas considerações pertinentes:
Se a PCA quiser fazer mudanças maiores quanto ao fato dos Presbíteros Regentes administrarem os sacramentos seria necessário outras mudanças ainda maiores nos símbolos confessionais. Ainda que os símbolos não devem ser colocados acima das Escrituras como única regra de fé e prática, contudo, temos dado forte testemunho de sua validade e veracidade diante das Escrituras, e as mudanças só poderiam ser possíveis se houver uma clara e grande evidência de que eles estejam biblicamente errados. Não encontramos tal evidência nos caso da administração dos sacramentos (Position Papers, Vol.5, p.460).
É de notar que a Comissão considerou que o ônus da prova está sobre aqueles oponentes aos nossos símbolos, pra que provem o contrário, em lugar de que a Comissão prove a validade dos mesmos. Em seguida a Comissão acrescenta:
“A administração dos sacramentos, por sua própria natureza, é um exemplo da proclamação da Palavra de Deus e [...] deveria ser realizada somente em conjunto com a pregação da palavra” (Position Papers, Vol.5, p.460).
No contexto, a comissão ao reconhecer que somente os Presbíteros Docentes tem a autoridade para proclamar a Palavra regularmente no púlpito, então, por necessidade lógica, somente estes tem a autoridade para administrar os sacramentos, que a Palavra autoriza.
Reconhece a PCA uma só ordenação pra o ofício de Presbítero, ou reconhece duas ordenações, como são uma para os Presbíteros Docentes e outra pra os Presbíteros Regentes?
A declaração oficial da PCA diz o seguinte:
Recomendação Nº 7:
Nós afirmamos que a ordenação de Presbíteros é para uma ordem particular dentro da classe de Presbíteros, seja pra o Presbítero Docente ou para o Presbítero regente. Ambas as ordens de presbíteros incluem certas funções as quais estão descritas na Escritura,.... {aqui se segue uma longa e tediosa lista}... Adicionalmente, a ordem de Presbítero Docente inclui a função da pregação pública da Palavra e a administração dos Sacramentos; também certas coisas requeridas nos padrões contemporâneos da vida da igreja como a celebração de cerimônias matrimoniais e funerais. (Adotado, 7ª General Assembly, 1979, Position Papers, Vol.5, p.459-460)
A PCA reconhece duas ordenações distintas, porque o ofício de Presbítero Docente inclui funções que o Presbítero Regente não contempla. A diferença entre as duas [ordenações – NT] não está somente em realizar a função particular de administrar a Palavra e os Sacramentos. É um chamado e ordenação para realizar estas funções.
Qual é a posição da PCA em relação à igualdade de votantes? A declaração oficial da PCA diz o seguinte:
Recomendação Nº5, Parágrafo A3:
Os tribunais da Igreja que estejam sobre o nível de Presbitério buscam expressar a paridade com um balance numérico entre os Presbíteros Docentes e Regentes. A nível de conselho local usualmente há somente um Presbítero Docente, ou um pouco mais, diante de um número maior de Presbíteros Regentes. Ajuda a preservar a paridade dando-o a moderação a um da minoria de Presbíteros Docentes (Adotado, General Assembly, 1979, Poistion Papers, p.458)
A recomendação de número 5 é uma longa e tediosa resposta a uma sugestão feita por uma Igreja na Flórida em que dizia que um Presbítero Regente poderia moderar o Conselho no lugar do Pastor ser automaticamente o Moderador do Conselho. A recomendação reafirma a prática na PCA de que o Pastor é o Moderador (Presidente na IPB) e rejeita a sugestão da igreja da Flórida. Devido ao fato da resolução ser bastante longa resumimos aqui as razões que fundamentam a continuação desta prática:
1. O Concílio de Jerusalém, de Atos 15, foi presidido por um Presbítero Docente. Este é o precedente bíblico.
2. A prática geral das igrejas deste o tempo dos Apóstolos tem sido que as igrejas locais estejam presididas por seus ministros. Tem-se demonstrado que isto é beneficioso.
3. Qualquer outra coisa seria um rompimento com a prática reformada que perdura mais de 400 anos.
4. Esta prática ajuda a guardar a paridade devido ao fato de que os Presbíteros Docentes, normalmente, são minoria no Conselho.
5. Devido ao fato de que o Presbítero Docente é um membro do Presbitério, sua conexão com o mesmo ajuda a fortalecer os laços de unidade entre a Igreja local e o Presbitério.
6. Quando o Presbítero Docente NÃO é o Moderador do Conselho, então pode haver o perigo de que este seja considerado como um mero secretário em lugar de um Ministro da Palavra.
A introdução à recomendação também menciona que quando uma igreja elege um pastor, eles o estão elegendo, de maneira automática, como o Moderador do Conselho.
Então, pode-se deduzir que a PCA se esforça em preservar a paridade na representação no interior dos tribunais. Nos casos em que a paridade não se pode ser alcançada, se aconselha que outras formas administrativas sejam implementadas para conseguir a paridade.
Tem sido dito por alguns que a posição da PCA em relação a estes pontos é mera tradição. Tem estas posições um precedente histórico anterior ao da América do Norte?
Ainda que a tradição não é autoritativa, ela tem valor em quanto revela a verdadeira natureza da história e prática da Reforma. Se a posição da PCA está de acordo com a prática reformada ao longo do tempo, então, os missionários norte-americanos não tem ensinado sua cultura.
As citações referentes à continuação de tal procedimento vem das Confissões de Fé de várias culturas e línguas, que se remontam ao século XVI. Novamente, reconhecemos que a tradição não é autoritativa. A Bíblia é autoritativa. Elas tão pouco são referências de uma cultura. Uma revisão da história pode dar um sentido de cautela aqueles que poderiam desviar-se da norma estabelecida.
Observe as seguintes citações de Confissões Reformadas antigas, cujas datas são anexadas:
Confissão Helvética (1536):
“[...] que os mistérios das Escrituras sejam diariamente expostos e explicados por ministros qualificados [...]”
Artigos de Lausanne (1536 – Suiça):
“Dita Igreja não reconhece outro ministro exceto aquele que Prega e administra os sacramentos”
A Confissão de Genebra (1536 – escrita por João Calvino):
“Nós não reconhecemos a outros pastores na Igreja senão aos pastores fiéis da Palavra de Deus, que alimentam as ovelhas de Cristo [...]” “Nós cremos que os Ministros da Palavra de Deus e os Presbíteros e Diáconos, devem ser eleitos aos seus respectivos ofícios mediante uma eleição legal da Igreja [...]”
Confissão de Fé Francesa (1559):
“[...] nós cremos que a ordem da Igreja, estabelecida por sua autoridade, deve ser sagrada e inviolável, e que, portanto, a Igreja não pode existir sem pastores para a instrução, a quem devemos respeitar e escutar reverentemente, quando eles tem sido chamados de maneira apropriada e exercem seu ofício fielmente”.
As práticas da PCA tem sua origem em um movimento trans-cultural a mais de 400 anos, conhecido como Reforma Protestante.
obs: Se desejar a obra completa em PDF - entre em contato com o tradutor:
jrcalvino9@hotmail.com / jrcalvino9@gmail.com
Atenciosamente, o tradutor: João Ricardo Ferreira de França.
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