A IGREJA
DE DEUS
“Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser
apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos
os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles
e nosso: graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo. ”(1 Co.1.1-3)
Este texto é
breve, mas pertinente para a nossa vida como cristãos; aqui de forma clara
temos Paulo, o apóstolo, nos lembrando que a vocação pastoral dele não se dá
por sua instrução, por sua capacidade ou algo de bom que ele tenha, mas ele é
chamado [klhto.j - kletos] para esta função “pela vontade de
Deus”. O vocábulo “vontade” [qelh,matoj - thelematos]
descreve no grego a ideia de “desejo ou de querer intencional”, em outras
palavras o apóstolo Paulo era de fato um apóstolo para aquela igreja porque
Deus assim queria.
Paulo era “apóstolo
de Jesus Cristo” - o substantivo “apóstolo”
[avpo,stoloj], no grego, descreve a ideia de um mensageiro; na
verdade este é o significado deste termo; Paulo, diz que ele é um mensageiro de
Cristo, a implicação disto é que a mensagem não era dele, mas do Cristo
ressuscitado! O apóstolo Paulo se nomeia na carta juntamente com o seu irmão
Sóstenes.
Nos chama a
atenção o nosso texto porque Paulo dirige-se a uma igreja específica e a
qualifica de modo interessante: à igreja de Deus na língua grega temos a expressão (tê ekkesia tou Thou)
-th/| evkklhsi,a| tou/
qeou/ - Paulo chama aquela igreja de
Igreja de Deus - ou seja, pertencente a ele, gerada por ele, vinda à existência
pela vontade dele -; e por que isso nos surpreende? Porque era uma igreja muito
problemática, nela encontramos problemas de divisão (cap.3); era cheia
caluniadores (cap.4); toleravam imoralidades terríveis (cap.5); havia crente
processando outro crente (cap.6.1-11); tinha membros que se relacionavam com
prostitutas (cap.6.12-20) etc... Mas, a despeito de tudo isso Paulo chama
aquela igreja de Igreja de Deus! Uma grande lição para nós, precisamos olhar
para a igreja como sendo uma obra da Graça de Deus a despeito de seus pecados.
Os crentes desta igreja são qualificados como sendo pessoas que estão sendo
“santificados” não em suas obras, mas em “Cristo Jesus”, mostrando-os que o
chamado deles é para uma vida de santidade juntamente com “todos o que em todo
lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Paulo relembra a doutrina
do senhorio de Cristo e assim, exorta aquela igreja à prática da santidade de
vida. Encerrando o texto com os desejos mais ternos. Valendo-se da dupla
saudação “graça e paz” - Graça dos gregos e paz dos judeus, mostrando que o
alvo de sua carta é que os crentes vivam unidos na igreja de Deus.
Rev. João Ricardo
Ferreira de França
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