PILARES EDIFICADORES DA FAMÍLIA*
Colossians 3:18-21 18 Esposas, sede submissas ao próprio marido, como
convém no Senhor. 19 Maridos, amai vossa esposa e
não a trateis com amargura. 20 Filhos, em tudo
obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. 21 Pais,
não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.
Introdução:
Estamos
aqui nesta noite para falar-lhes de um assunto deveras importante. Importante
para cada pessoa que se encontra aqui presente; é curioso virmos a uma
conferência e tratarmos deste assunto. É como uma conferência de médicos que
vão tomar como tema a importância do ar para a respiração e vida.
Isso
por si só seria um absurdo. É um absurdo vimos aqui nesta noite para tratarmos
de um assunto, que ao meu ver, é de profunda relevância para a nossa vida em
sociedade, para nossa vida em organismo vivo – que somo como humanidade
constituída – e de como a família é o alicerce da Igreja.
O
tema que me foi proposto para abordar com vocês nesta noite tem sua significação,
sua relevância e confesso que um tema por de mais pesado para mim. Sim, porque
trata-se de um tema criteriosamente exigente e desafiador.
O
tema é enfático: “Pilares de edificação da família” – ora, chega
até ser um tema redundante este tema – o que é um pilar? É aquilo que sustenta
uma grande estrutura. Então, devemos nos concentrar nisto nesta
noite, espero que sejamos edificados, desafiados e constrangidos a fazer
conforme nos ensina a Palavra de Cristo.
Acho
que a passagem que temos diante de nós diz tudo o que precisamos saber para
abordamos este tema significativo. Temos aqui riquezas exegéticas singulares,
temos aqui o mais puro ensino do evangelho de Cristo para cada um de nós, nesta
noite, vamos até a lei ao testemunho, e vejamos a alva!.
Considerações iniciais:
A carta:
A presente carta que temos diante é uma resposta de Paulo a um relatório
de um jovem pastor chamado Epafras que pastoreava aquela igreja. (Col.1.7) para
que o apóstolo Paulo e Timóteo (cap.1.1-3) corrigissem os problemas que a
igreja tinha enfrentado.
Destinatários:
A própria carta nos informa que ela se destina aos “santos e fiéis em
Cristo, que estão em colossos”(1.2).
Data da carta: entre 50 e 55 AD.
Propósito: Acabar com o sincretismo religioso que estava presente na igreja de
Colossos.
Diante
disso consideremos mais de perto o trecho de nossa palestra nesta noite. Que
verdades nós aprendemos aqui neste texto? Que pilares edificadores para a
família nós encontramos neste texto? Vejamos:
I – O PILAR DA SUMISSÃO:
Notemos
aqui neste texto como Paulo aborda esta temática. É preciso compreender isso de
forma muito clara, pois, a nossa sociedade pós-moderna tem ensinado que a
mulher tem galgado um espaço significativo, e que por isso, não deve de forma
se submeter a vontade de alguém do gênero másculo.
Ou
seja, temos visto o feminismo ser a bola da vez, o feminismo com sua
perspectiva de igualdade ou como de igualitarismo tem se aferrado ao conceito
de submissão e tem colocado-o em xeque. O que fazer com esta palavra?
Será
que submissão significa desprezar a mulher, significa relegá-la a um segundo
plano? Será que é isto que Paulo está ensinando? Será que é isto que o
evangelho nos ensina? Não!.
No
grego temos a seguinte palavra: “u`pota,ssesqe” – hypotassesthe – este verbo significa
“sujeitar-se”. Algumas coisas são pertinentes neste texto:
a) é um verbo que está no tempo
presente: e no grego a expressão sujeitar-se indica uma ação contínua – sempre
vivendo de forma submissa, está é a ideia que temos no texto sagrado.
b) este verbo está no modo do
imperativo: ou seja, a submissão não é optativa, mas é uma ordem. Paulo oferece
as diretrizes para que uma família seja de fato edificada, é necessária que a
mulher, a esposa, seja uma mulher sábia, e saiba viver sua submissão ao esposo.
c) O verbo está na voz passiva: isto
significa que esta submissão é voluntariosa; pois, este é o conceito Paulino. E
a resposta para esta submissão está no amor que é o vinculo da perfeição.
A
mulher não deve ser motivada pelo medo, ou pela insegurança a ser submissão ao
seu marido, pelo contrário, o que deve motivar a submissão da mulher é ver no
seu Marido a proteção, o afeto e carinho que este lhe reserva.
Quero
trazer uma palavra de alerta sobre este verbo. A submissão da mulher não
significa que ela é o capacho do homem. Que deve ser alvo de desprezo longe
disso. Por outro lado vocês mulheres devem levar em consideração um aspecto.
Não
permitir que o mundo lhes ensine o que não está na palavra de Deus. Notem o
termo é sub-missão, significa ter uma missão abaixo; a mulher é chamada para
ser auxiliadora idônea. Você tem uma missão que auxiliar seu esposo na criação
do lar, na formação da família, você deveria está unida com seu marido,
tratando-o com respeito, dignificando-o, honrando-o, somente assim teremos uma
família realmente alicerçada, e profundamente estabelecida. É disto que as
famílias precisam de mulheres sábias que saibam edificar sua casa. Que saibam
levar a bom termo sua família e seu esposo pelos caminhos da graça que procedem
do lar.
Notem
que a submissão é no Senhor, isto convém a Cristo que as esposas cristãs sejam
submissas a seus maridos. Este é o ponto que precisa ser ressaltado em nossos
dias, pois, se rebelar contra tal conceito é não considerar Cristo como
profundo senhor da Igreja.
I – O SEGUNDO PILAR É O AMOR.
Notem como Paulo segue a seqüência de seu texto: “vós, maridos, amai a
vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas.”
Paulo
agora se dirige aos maridos. Vocês querem saber qual pilar de fato edifica uma
família. O amor. Simplesmente o amor. Notaram como o apostolo é enfático aqui
neste texto? Paulo diz: Maridos. Amai – me surpreende o fato de que este
imperativo não foi dirigido às mulheres. Tem uma razão? Sim. Os homens são os
cabeças do lar; mas também a mulher tende a não aceitar a autoridade do marido
no lar, e o marido tende a ignorar sua esposa.
Aqui
está o verdadeiro remédio pra os divórcios, para os conflitos, para as
decepções – o amor que cura, e que restaura tudo; mas, preciso indagar,
precisamos caminhar um pouco mais. Como o marido deve amar a sua esposa?
Paulo nos responde
isto no capítulo cinco de Efésios versículo 25 onde diz: “Vós, maridos, amai
vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por
ela,” – isso é de grande importância.
Vivemos
em uma cultura onde se diz que o amor é fazer sexo, onde amor é
sentimentalismo, onde amor é eu buscar a felicidade e se importar comigo.
Nossa, vejam como isso é diferente do evangelho de Jesus Cristo. Vejam como
isso está longe do padrão de Deus. Notem o que implica quando um homem se une a
uma mulher. Vejam como o padrão é alto de mais para nós, para todos nos aqui.
Você
que ainda não casou já pensou sobre isso. Olhe como você deve amar sua futura
esposa – do mesmo modo como Cristo amor a igreja. Não foi em vão que Paulo usou
o verbo “avgapa/te” – agapate – que indica um amor
sacrificial, no casamento, na família. Os maridos devem amar suas esposas com
um amor que se doa, que se entrega, que está disposto a sofrer e a morrer pelo
outro. Este é o alto conceito de família que temos.
Como
foi que Cristo amou a igreja? Ele se entregou por ela, a amou quando não havia
beleza nela, a amou quando ela lhe dava as costas ao abraçar doutrinas
estranhas, a amor mesmo sabendo que ela não tinha nada para oferecê-lo, ele
amou a igreja naquela cruz, morreu por ela, e ressuscitou por ela, e a defende
de seus inimigos, a ampara, cuida e zela pela igreja.
Assim
os maridos são desafiados pela palavra de Cristo nesta noite a amarem suas
esposas. A amarem de forma incomensurável de uma forma inexplicável – um amor
que não joga na cara as falhas, mas um amor que de fato perdoa, um amor que
liberta, um amor que acolhe, um amor que une. Sim este amor faz com que o outro
seja valorizado, seja notado, seja visto.
Mas,
o apóstolo não termina nestes termos ele continua e “não a trateis com
amargura” (vs.19) “kai. mh. pikrai,nesqe pro.j auvta,jÅ”- kai me pikrainesthe pros autas - notem como
Paulo é pesado, o amor não se exaspera, não trata o outro com desprezo.
A
ideia do verbo pikrainesthe aqui é de alguém que ficou amargo,
se tornou irritante, começou a tratá-la com descaso, desprezá-la. Note, que
Paulo está falando isso para a igreja, não é para o mundo, não é para os
descrentes, sim para os que são chamados de santos em cristo, são chamados de
fiéis em Cristo Jesus.
Quando
o amor está ausente. O que resta é o desprezo e o sabor amargo da solidão. O
divorcio chegou até o quarto dos casados e eles ficam em silencio se suportando
quando na verdade deveria haver amor – um amor sacrificial presente por parte
do marido.
Matew
Henri disse: “ a mulher não foi tirada da cabeça do home para que não chegasse
a pensar que poderia mandar no seu marido; também não foi tirada dos seus pés,
para que este não achasse que tinha o direito de pisar nela; mas foi tirada do
seu lado, perto do seu peito, para ser amada, protegida e ser o centro dos
afetos de seu marido” – é precisamente isso que precisamos resgatar este é o
pilar fumdamental que precisamos em nossas famílas.
III – O TERCEIRO PILAR É A
OBEDIÊNCIA.
O
terceiro pilar edificador de uma família certamente é a obediência. Paulo toca
neste ponto importante ao dizer: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto é agradável ao Senhor.” (vs.20).
Chamo
sua atenção para o verbo obedecer que aparece aqui no texto. No grego temos “u`pakou,ete” hypakouete – a ideia é de dar ouvidos, imagem como
isso é importante. Pois, em nossos dias, os filhos dão ouvidos aos amigos,
buscam conselhos com os amigos – amam mais os amigos do que seus próprios pais
acham que seus pais não sabem de nada.
A
Bíblia diz que devemos obedecer aos nossos pais. Este é o pilar singular, pois,
muitos de nossos jovens estão no mundo, estão nas drogas, estão nas sarjetas
porque ignoraram este preceito claro da verdade de Deus – note Paulo diz: “em
tudo obedecei a vossos pais. Isso é importante. Isso é fundamental. Isso é
bíblico. E por que?
a) justo ao Senhor: Deus ele quer de
nós submissão aos nossos pais, porque somente assim termos uma família justa,
honesta, e completamente equilibrada.
b) porque isso agrada a Deus: o grego
usa a palavra “eucharistos” – boa graça. Ou seja, isso é agradável a Deus.
IV- O
QUARTO PILAR É A COMPREENSÃO DOS PAIS PARA COM OS FILHOS.
O
último pilar é fundamental. Cobramos obediência de nossos filhos, mas nos
esquecemos que por vezes transformamos nossos filhos no que eles são hoje.
Note
o que está escrito aqui: “ós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não
percam o ânimo.”(v.21) – sabem porque muitos filhos não se aconselham com seus
pais? Aqui está a razão. Os pais os peritos em acabar com toda a perspectiva,
com todos os sonhos de seus filhos.
O
desprezo para com os filhos é gritante em nossa sociedade, vamos chorar e
lamentar profundamente porque estamos perdendo os nossos filhos, porque nunca
valorizamos seus estudos, suas tentatativas, vivemos sempre chamando-os de
incompetentes, que nunca serão alguém na vida, as vezes e quase sempre nos
casamos com a igreja, vivemos para a igreja e esquecemos de nossos filhos,
queremos prendê-los em nosso mundo, esquecendo-nos que eles tem os mundos
deles.
Não
preparamos os nossos filhos para o mundo, antes os tiramos do mundo criamos um
mnosteiro espiritual e esquecemos que somos chamados para estimulá-los neste
mundo.
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